Repórter São Paulo – SP – Brasil

Implantes de polipropileno: pacientes denunciam laboratórios por ocultar riscos e causar danos irreparáveis à saúde das mulheres.

Pacientes de diversos países acusam laboratórios de minimizar ou até mesmo ocultar os riscos de dispositivos que contêm polipropileno, provocando uma série de complicações graves. Entre os efeitos citados pelas pacientes estão incontinência, infecções, sangramentos, lesões e dores crônicas que chegam a ser descritas como insuportáveis, afetando até mesmo a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades simples do dia a dia.

Um dos casos mais chocantes foi o de uma mulher de 41 anos que recorreu ao suicídio assistido na Bélgica após quatro anos de intensa agonia provocada por complicações ligadas a esses dispositivos. A situação dramática dessas pacientes tem gerado grande comoção e questionamentos sobre a regulação e a transparência no uso desses implantes.

Na França, a situação é tão grave que se torna impossível remover completamente as próteses, uma vez que o material sintético se mistura com a pele e as membranas, dificultando os procedimentos cirúrgicos. Muitas pacientes acabam consultando diversos especialistas em busca de soluções, sem sucesso.

Apesar de haver regulamentações em vigor desde 2020, que determinam que os pacientes devem ser informados dos riscos e que a decisão cirúrgica deve ser tomada após consultas multidisciplinares, nem sempre essas medidas são seguidas à risca. Muitas pacientes são submetidas a procedimentos sem o devido esclarecimento sobre os riscos envolvidos.

Diante desse cenário preocupante, várias mulheres têm buscado tratamentos mais especializados, inclusive fora de seus países de origem, o que pode representar um grande custo financeiro. O debate sobre a segurança e a transparência na utilização desses dispositivos médicos segue em pauta, enquanto as pacientes buscam por soluções para os graves danos causados por esses implantes.

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