Durante a reunião, o deputado Filipe Barros (PL-PR) levantou questões sobre o déficit fiscal registrado em 2023 e 2024, apontando que o governo Lula 3 apresenta um déficit público pior do que os presidentes anteriores. Haddad reconheceu as dificuldades do governo em equilibrar receitas e despesas, atribuindo parte desses desafios a um problema fiscal de R$ 270 bilhões herdado da gestão anterior.
O ministro ressaltou a ausência de recursos para o pagamento do Bolsa Família e despesas previdenciárias, além da suspensão do pagamento de precatórios e a perda de receitas dos estados devido à desoneração de ICMS. Em resposta à crítica do deputado, Haddad destacou a necessidade de assumir a responsabilidade pelas decisões passadas.
Outro ponto abordado durante a reunião foi a busca do governo pelo aumento da arrecadação, com o objetivo de promover a justiça fiscal no Orçamento. Haddad também se posicionou a favor da taxação de pequenas importações, argumentando que isso seria uma medida justa para proteger a indústria nacional.
No que diz respeito às projeções de déficit para o ano, os técnicos do governo revisaram as contas públicas e estimam um déficit de R$ 14,5 bilhões, com a meta de déficit zero até o final do ano. Para atingir esses objetivos, o governo planeja utilizar um dispositivo legal que permitirá aumentar as despesas em até R$ 15,8 bilhões em 2024. Além disso, estão sendo estudadas alterações na taxação da folha de salários das empresas e da renda no Rio Grande do Sul, bem como a implementação de um sistema de seguro diferenciado para a agricultura devido às mudanças climáticas.
Em resumo, a reunião entre Fernando Haddad e os deputados da Comissão de Finanças e Tributação foi marcada por debates sobre a situação econômica do país, os desafios fiscais enfrentados pelo governo e as medidas em curso para promover um equilíbrio nas contas públicas e na arrecadação.