Durante a reunião da Comissão Especial sobre Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde na Câmara dos Deputados, os governadores destacaram o potencial do hidrogênio com baixas emissões para impulsionar a industrialização da região Nordeste. O governador Elmano de Freitas ressaltou que o projeto de lei considera a eficiência diferenciada em energia eólica e solar na região, sendo um modelo realmente adaptado à realidade local.
O governador do Ceará anunciou que o estado já possui 39 memorandos e seis pré-contratos com investidores interessados na produção de hidrogênio de baixa emissão, com investimentos estimados em até US$ 30 bilhões até 2030. A intenção é alcançar a produção de um milhão de toneladas de hidrogênio verde no Ceará neste período.
Além disso, Elmano de Freitas mencionou a utilização de água de esgoto da região metropolitana de Fortaleza no processo de produção do hidrogênio combustível, como uma iniciativa sustentável para reutilização de recursos locais.
A nova legislação cria o Regime Especial para Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro) e o Sistema Brasileiro de Certificação de Hidrogênio (SBCH2), priorizando fontes de baixa emissão de carbono, como a energia eólica, fotovoltaica e o etanol.
O presidente da comissão especial, deputado Arnaldo Jardim, ressaltou a importância dos incentivos fiscais para a produção de hidrogênio entre 2028 e 2032, visando setores industriais de difícil descarbonização. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, também destacou a importância do hidrogênio verde para a industrialização do Nordeste, aproveitando os recursos naturais da região.
Representantes de ministérios e empresas do setor energético participaram do seminário na Câmara dos Deputados, discutindo os aspectos técnicos e econômicos da regulamentação do hidrogênio de baixa emissão. O hidrogênio verde é considerado o combustível do futuro por sua eficiência e por ser produzido a partir de fontes renováveis e sustentáveis, contribuindo para a redução das emissões de carbono.
Portanto, a entrada em vigor do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono representa um avanço significativo para a produção de energia limpa e sustentável no Brasil, impulsionando a indústria e a economia regional no Nordeste.