Governadores comemoram entrada em vigor do marco legal do hidrogênio verde e projetos de investimento no Nordeste para os próximos anos

Nesta terça-feira, os governadores do Ceará, Elmano de Freitas, e do Piauí, Rafael Fonteles, celebraram a entrada em vigor do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono. A lei, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma visita ao Ceará no início de agosto, oferece incentivos para desenvolver a indústria do hidrogênio nos próximos cinco anos, a partir de janeiro de 2025.

Durante a reunião da Comissão Especial sobre Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde na Câmara dos Deputados, os governadores destacaram o potencial do hidrogênio com baixas emissões para impulsionar a industrialização da região Nordeste. O governador Elmano de Freitas ressaltou que o projeto de lei considera a eficiência diferenciada em energia eólica e solar na região, sendo um modelo realmente adaptado à realidade local.

O governador do Ceará anunciou que o estado já possui 39 memorandos e seis pré-contratos com investidores interessados na produção de hidrogênio de baixa emissão, com investimentos estimados em até US$ 30 bilhões até 2030. A intenção é alcançar a produção de um milhão de toneladas de hidrogênio verde no Ceará neste período.

Além disso, Elmano de Freitas mencionou a utilização de água de esgoto da região metropolitana de Fortaleza no processo de produção do hidrogênio combustível, como uma iniciativa sustentável para reutilização de recursos locais.

A nova legislação cria o Regime Especial para Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro) e o Sistema Brasileiro de Certificação de Hidrogênio (SBCH2), priorizando fontes de baixa emissão de carbono, como a energia eólica, fotovoltaica e o etanol.

O presidente da comissão especial, deputado Arnaldo Jardim, ressaltou a importância dos incentivos fiscais para a produção de hidrogênio entre 2028 e 2032, visando setores industriais de difícil descarbonização. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, também destacou a importância do hidrogênio verde para a industrialização do Nordeste, aproveitando os recursos naturais da região.

Representantes de ministérios e empresas do setor energético participaram do seminário na Câmara dos Deputados, discutindo os aspectos técnicos e econômicos da regulamentação do hidrogênio de baixa emissão. O hidrogênio verde é considerado o combustível do futuro por sua eficiência e por ser produzido a partir de fontes renováveis e sustentáveis, contribuindo para a redução das emissões de carbono.

Portanto, a entrada em vigor do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono representa um avanço significativo para a produção de energia limpa e sustentável no Brasil, impulsionando a indústria e a economia regional no Nordeste.

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