Repórter São Paulo – SP – Brasil

Especialista alerta para a necessidade de cessar-fogo e cortar relações diplomáticas com Israel para conter o genocídio em Gaza.

Em uma entrevista ao Comitê Nacional Palestino do Movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), a professora de direito e pesquisadora Anne-Marie Slaughter Power alertou para a retenção contínua de Israel, que considera ser uma tática coerciva para impedir que governos ao redor do mundo tomem ações efetivas contra o apartheid, genocídio e colonização de Israel na Faixa de Gaza. Power, que também leciona no Griffith College Dublin, na Irlanda, destacou que a recusa sistemática de permitir que cidadãos do Brasil, Irlanda e África do Sul deixem o território viola claramente o artigo 35 da Quarta Convenção de Genebra.

Diante desse contexto, Power insta o Brasil a tomar uma posição firme, argumentando que mais de dez mil palestinos mortos e 2,3 milhões de pessoas forçadas a passar fome em Gaza são evidências suficientes de genocídio. Ela enfatiza que a única maneira eficaz de proteger os cidadãos brasileiros e os habitantes de Gaza é pressionar Israel para implementar um cessar-fogo imediato, inclusive cortando todas as relações diplomáticas e militares com o país. Além disso, Power defende que Israel seja responsabilizado por crimes internacionais e atos ilícitos perante o Tribunal Penal Internacional e o Tribunal Internacional de Justiça.

A pesquisadora ressalta a importância de ações concretas e assertivas por parte do Brasil e de outros países ao redor do mundo para garantir a segurança e a proteção dos palestinos em meio ao conflito contínuo. Ela destaca que a pressão diplomática e a responsabilização de Israel por suas ações são passos fundamentais para buscar uma solução pacífica e justa para a situação em Gaza.

As declarações de Power ressaltam a necessidade de a comunidade internacional agir de maneira mais enérgica e decisiva diante do conflito entre Israel e os palestinos, demonstrando que a retórica e a condenação verbal não são suficientes para lidar com a gravidade da situação. A entrevista também coloca em destaque a questão dos direitos humanos e a necessidade de responsabilização dos países envolvidos em violações desses direitos, reforçando a importância do cumprimento das normas internacionais e do papel das instituições judiciais nesse contexto.

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