Segundo comunicado da empresa sediada em Moscou, a Kaspersky iniciará o encerramento gradual de suas operações nos EUA a partir de 20 de julho. Menos de 50 funcionários sediados no país serão afetados com a decisão. A empresa afirmou que contribuiu para as metas estratégicas de segurança cibernética nos EUA, protegendo organizações e indivíduos contra ameaças em constante evolução ao longo dos quase 20 anos de presença no país.
A proibição imposta pelo governo americano às vendas do software Kaspersky nos EUA foi justificada pelas ligações russas da empresa, que representariam um risco à segurança nacional. O Departamento de Comércio dos EUA argumentou que o software poderia ser explorado para identificar dados confidenciais de cidadãos americanos e disponibilizados para o governo russo.
A Kaspersky, por sua vez, insistiu que não representa ameaça à segurança e que seus funcionários na Rússia só acessam dados agregados ou estatísticos, não identificáveis individualmente. A empresa criticou a decisão do governo americano, alegando que ela foi baseada em preocupações teóricas do clima geopolítico, o que poderia beneficiar criminosos cibernéticos e limitar a escolha do consumidor.
Apesar do encerramento das operações nos EUA, a Kaspersky destacou que seu negócio permanece resiliente e que a prioridade em proteger seus clientes contra ameaças cibernéticas continua inalterada. A empresa, reconhecida por ter um dos produtos antivírus mais populares do mundo e uma unidade de pesquisa respeitada, reiterou seu compromisso com a segurança cibernética global.
Em suma, a saída da Kaspersky do mercado americano marca um novo capítulo nas relações entre empresas de tecnologia e governos, levantando questões sobre segurança, geopolítica e liberdade de escolha dos consumidores.