A reunião, que ocorreu no plenário 11 da Câmara, teve como objetivo ouvir tanto o deputado Brazão quanto testemunhas de defesa indicadas por ele. A Procuradoria-Geral da República acusa Chiquinho Brazão de ser um dos responsáveis pelo duplo assassinato, ocorrido quando ele ainda era vereador.
Chiquinho Brazão, que está preso desde março, nega veementemente as acusações e argumenta que os debates que teve com a vereadora não podem ser utilizados como prova de sua ligação com o crime. Seu advogado, Cleber Lopes, ressalta que os episódios citados nas acusações são anteriores ao mandato de Brazão na Câmara, escapando assim aos limites do Código de Ética da Casa.
No Conselho de Ética, Brazão responde a um processo instaurado pelo Psol e a deputada Jack Rocha é a relatora do caso. Na semana passada, o Conselho ouviu o deputado Tarcísio Motta, do Psol, que afirmou que o assassinato de Marielle teve como objetivo intimidar aqueles que se opunham aos interesses das milícias no Rio de Janeiro.
O delegado Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior também foi mencionado no decorrer do processo, negando qualquer ligação com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. Barbosa está preso por supostamente comprometer as investigações do assassinato e sua participação no caso tem gerado controvérsias.
O desenrolar desse caso continuará sendo acompanhado de perto, uma vez que a figura pública de Marielle Franco e a gravidade do crime mantêm a atenção da opinião pública e das autoridades sobre o desenrolar das investigações e dos processos judiciais.