A Terra Indígena Kapôt Nhĩnore abrange uma área de 362.243 hectares, nos municípios de Vila Rica e Santa Cruz do Xingu, em Mato Grosso, e São Félix do Xingu, no Pará. Essa região possui um significado sagrado para os Yudjá (Juruna) e Mebengokrê (como os Kayapó são conhecidos). Vale ressaltar que foi nesse local que nasceu o cacique Raoni, líder que vem reivindicando essa área ao longo dos últimos 40 anos.
A deputada Coronel Fernanda (PL-MT), coordenadora da comissão, tem como objetivo discutir os impactos da demarcação para os respectivos municípios envolvidos. A intenção é dar voz e trazer à tona os principais pontos de vista de todos os envolvidos nesse processo.
Vale lembrar que, no dia 12 deste mês, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, junto com a presidente da Funai, Joenia Wapichana, participaram de um debate na Comissão de Agricultura da Câmara, no qual detalharam os estudos realizados para a demarcação da área. Durante o debate, ambas asseguraram que serão cumpridas todas as regras estabelecidas no Decreto 1.775/96, que aborda o procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas.
Essa ação da comissão externa é de extrema importância, pois permitirá que todas as partes envolvidas tenham voz e possam contribuir com suas opiniões e perspectivas. Além disso, é fundamental seguir as regras estabelecidas para a demarcação de terras indígenas, a fim de garantir a preservação dos direitos e da cultura dessas comunidades.
Por fim, é importante ressaltar que essa audiência pública marca o início de um processo de diálogo e discussões que certamente trarão avanços para a delimitação da Terra Indígena Kapôt Nhinore. A partir das informações e contribuições apresentadas, será possível traçar estratégias e soluções que beneficiem todas as partes envolvidas e garantam o respeito aos direitos indígenas.