Repórter São Paulo – SP – Brasil

Comissão de Infraestrutura aprova projeto que retira cobrança de ICMS sobre adicionais na conta de energia elétrica com bandeira tarifária.

A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou um projeto na terça-feira (12) que retira a cobrança do ICMS sobre adicionais na conta de energia elétrica quando há bandeira tarifária. Segundo o relator do projeto, senador Eduardo Braga (MDB-AM), as bandeiras tarifárias cobram um valor adicional do consumidor de energia elétrica em razão de situações que dificultam a normalidade do serviço, como chuvas baixas ou deficiência nas obras do setor. Na avaliação do senador, não é justo cobrar imposto nessas situações. “Estamos tributando a falta de planejamento, a escassez de chuvas e o atraso de obras. E, com isso, oneramos milhares de famílias brasileiras que não deram causa a esses fatos,” afirmou Braga.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 111/2022, de autoria do deputado federal Fabio Garcia, recebeu parecer favorável do senador com uma emenda de redação e agora será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O projeto, segundo Braga, não interfere na arrecadação planejada de tributos do governo federal e dos governos estaduais e municipais, já que estes continuarão cobrando seus tributos sobre a tarifa regular de energia.

Atualmente, existem três bandeiras tarifárias que determinam a cobrança dessas taxas. A primeira, de cor verde, sinaliza condições de produção elétrica favoráveis, ou seja, sem cobrança extra. Já as outras duas bandeiras, amarela e vermelha, são fixadas em situações de escassez nas hidrelétricas e determinam aumento do valor cobrado. Nesse cenário, as termelétricas são ativadas, e a operação delas é mais cara, por isso os custos não são cobertos pelas tarifas regulares estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e o custo é repassado aos contribuintes.

A cobrança de ICMS sobre essas bandeiras tarifárias tem sido alvo de críticas, e o projeto aprovado pela CI busca corrigir essa questão. Agora, com a aprovação do projeto pela CI, ele segue para a análise da CAE, onde será discutido e votado pelos senadores. Se aprovado, o projeto pode representar uma mudança significativa na forma como os consumidores de energia elétrica são taxados, aliviando o peso das cobranças adicionais sobre as famílias brasileiras.

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