Comissão de Direitos da Mulher da Câmara aprova projeto que garante informação sobre cirurgia reparadora para pacientes com câncer de mama.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que estabelece a obrigatoriedade dos serviços de saúde informarem às pacientes com câncer de mama sobre a possibilidade de realizar cirurgia reparadora pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A informação deverá ser disponibilizada por meio de placas, cartazes, propagandas ou outros meios de comunicação.

A proposta inclui essa medida na Lei 9.797/99, que já garante o direito à cirurgia reparadora após a retirada parcial ou total da mama no tratamento do câncer. A relatora do projeto, deputada Erika Hilton (Psol-SP), apresentou um substitutivo ao Projeto de Lei 3072/22, de autoria da deputada Flávia Morais (PDT-GO).

Segundo Erika Hilton, a falta de informações sobre essa possibilidade pode prejudicar a escolha pela cirurgia reparadora, simetrização da mama e implante mamário. A relatora também acrescentou ao texto a obrigação de o médico responsável pela mastectomia informar às pacientes sobre o direito à cirurgia reparadora.

Caso as medidas não sejam cumpridas, haverá aplicação de multa, conforme regulamento. Agora, o projeto seguirá para análise das comissões de Saúde, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Ou seja, o projeto poderá ser votado apenas pelas comissões, dispensando a deliberação no Plenário, a menos que haja uma decisão divergente entre as comissões ou um recurso assinado por 52 deputados solicitando a apreciação da matéria no Plenário.

Essa iniciativa busca garantir o direito das pacientes com câncer de mama de terem acesso à informação sobre a possibilidade de realizar a cirurgia reparadora pelo SUS. A falta de conhecimento e orientação pode limitar as opções das mulheres e privá-las de um procedimento que auxilia na recuperação e na reconstrução física e emocional.

A aprovação desse projeto é um passo importante na busca pela igualdade de acesso aos procedimentos médicos e pela valorização da saúde das mulheres. Agora, é preciso que as comissões responsáveis analisem o projeto de forma adequada e tomem as medidas necessárias para que ele se torne lei, garantindo assim o direito das pacientes com câncer de mama de receberem todas as informações necessárias para sua saúde e bem-estar.

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