Projeto de Lei Complementar estabelece mecanismo para restaurantes manterem carga tributária conforme período de 2017 a 2019.

Uma nova proposta de lei complementar, o PLP 68/24, está trazendo mudanças significativas para os restaurantes, bares, lanchonetes e operações de fornecimento de alimentação. O objetivo é estabelecer um mecanismo que permita manter a carga tributária incidente nesses estabelecimentos, levando em consideração o período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2019.

De acordo com o texto do relator, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a ideia é definir inicialmente o percentual dos tributos sobre consumo (PIS/Cofins e ICMS/ISS) que incidiam sobre a receita nesse período. Esse número será dividido pela soma das alíquotas de referência do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), tributos criados pela reforma tributária em questão.

Essa divisão resultará em um percentual da alíquota padrão, fixada por cada ente federativo, de modo a garantir que ao ser aplicada sobre a alíquota de referência gere uma arrecadação equivalente à dos tributos extintos. Vale ressaltar que os cálculos serão submetidos à aprovação do Ministério da Fazenda e do Comitê Gestor do IBS, com consulta e homologação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Além disso, o projeto prevê que os bares, restaurantes e lanchonetes poderão se apropriar de créditos do IBS e da CBS em suas compras, mas não será permitida a apropriação por empresas que contratarem esses serviços. A Receita destaca que a maioria desses estabelecimentos se enquadra no Simples Nacional e, por isso, não pagariam esses tributos no regime normal.

No setor de hotelaria, parques de diversão e parques temáticos, a sistemática será semelhante à dos bares e restaurantes, com a manutenção da carga tributária usando como referência o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2019. Os tributos indiretos, como ICMS, ISS, PIS/Cofins, IPI e IOF-seguros, também serão considerados nos cálculos.

Em resumo, o PLP 68/24 traz uma série de alterações tributárias que impactarão diretamente diversos segmentos econômicos, visando manter a arrecadação e simplificar o sistema de tributação para os contribuintes. A expectativa é de que essas medidas contribuam para maior transparência e equidade no pagamento de impostos no país.

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