O deputado Luiz Lima (PL-RJ) também manifestou descontentamento com a decisão do Supremo, alegando que a Câmara é quem deve alterar, criar e revogar leis, não o Poder Judiciário. O deputado Osmar Terra (MDB-RS) concordou que a questão do porte de maconha é de competência legislativa e expressou preocupações sobre o aumento do consumo e a possibilidade de tráfico nas escolas.
Outro crítico da descriminalização, o deputado Alberto Fraga (PL-DF), classificou a futura decisão do STF como “estúpida” e alertou para os possíveis impactos negativos que poderiam afetar milhares de famílias brasileiras. Já o deputado Sanderson (PL-RS) mencionou os problemas enfrentados por países que legalizaram a maconha e questionou a logística de aquisição da substância no Brasil.
Por outro lado, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) elogiou a decisão do STF, afirmando que a criminalização das drogas não trouxe benefícios à sociedade e que é necessário fortalecer políticas de saúde mental. A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) destacou a importância de separar traficante de usuário e criticou a guerra às drogas, que acaba por criminalizar principalmente a juventude negra e pobre.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) ressaltou que a mudança na política de drogas não alimentará o tráfico, enquanto a PEC Antidrogas, que criminaliza a posse e porte de qualquer quantidade de droga, também está em discussão no Congresso após as recentes decisões do STF sobre o tema.
Diante de opiniões divergentes, o debate sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal continua a gerar controvérsias e discussões acaloradas entre os parlamentares. A sociedade aguarda ansiosa para saber os desdobramentos dessa importante questão.