O requerimento de convocação foi feito pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que afirma que a área delimitada não está de acordo com as regras estabelecidas na Constituição. Segundo ela, a delimitação da terra é uma demanda do movimento indigenista com o apoio da Funai, porém, o Resumo do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação, elaborado pelo antropólogo Pedro Rocha de Almeida e Castro, aponta falhas no processo, o que pode prejudicar os produtores e a economia da região.
A deputada destaca que existem 201 propriedades rurais produtivas na área em questão, que seguem as leis ambientais, estão sujeitas à fiscalização rigorosa do Ibama e contribuem para a geração de emprego e renda das famílias e da comunidade local. Para ela, essas propriedades estão desempenhando sua função social conforme as normas legais aplicáveis.
A reunião da Comissão está marcada para as 10 horas no plenário 6 e promete um debate acalorado sobre a delimitação da Terra Indígena Kapôt Nhinore. A presença da ministra Sonia Guajajara trará uma perspectiva importante dos povos indígenas sobre o assunto, possibilitando uma discussão mais ampla e inclusiva.
Esse é um tema delicado e controverso que envolve interesses diversos, como a proteção do meio ambiente, a preservação da cultura indígena e os direitos dos produtores rurais. É necessário buscar um equilíbrio que garanta esses direitos de forma justa para todas as partes envolvidas.
A delimitação de terras indígenas é uma questão complexa e que requer análises aprofundadas e soluções transparentes. O debate na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural será mais um passo nesse processo, visando encontrar uma solução que concilie os interesses de todos os envolvidos e promova um desenvolvimento sustentável e justo para a região.