O parecer do relator da representação, deputado Julio Arcoverde (PP-PI), foi aprovado pelo conselho, que entendeu que as falas da deputada durante o debate parlamentar não feriram o decoro. Para Arcoverde, Fernanda Melchionna estava apenas se manifestando politicamente sobre o Projeto de Lei 3283/21, que inclui o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em uma lista de organizações terroristas.
Fernanda Melchionna, ao se defender, afirmou que foi atacada durante a discussão e que não se intimidou, pois o Brasil merece um debate profundo e uma revolução nas políticas de segurança pública. Já o deputado Coronel Meira lamentou a decisão do Conselho de Ética e cobrou um pedido de desculpas da deputada, alegando ter sido chamado de bandido por ela. No entanto, Fernanda Melchionna negou ter feito tal acusação e reiterou que se referiu aos filhos de Bolsonaro como bandidos.
O desfecho desse episódio no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar reflete a polarização política e os embates presentes no cenário parlamentar brasileiro. A decisão de arquivar a representação contra Fernanda Melchionna evidencia a complexidade das relações entre os parlamentares e a importância do respeito e da civilidade no ambiente político.