O pedido de cassação foi feito pelo Psol na segunda-feira (25) e a expectativa é que o relator do caso seja sorteado no início de abril, de acordo com Lomanto Júnior. No entanto, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) expressou sua insatisfação com a demora, citando casos anteriores em que a Mesa Diretora enviou representações ao Conselho de Ética em menos de 24 horas.
Especificamente, ela mencionou a agilidade no caso da representação do PL contra seis deputadas acusadas de quebrar o decoro parlamentar durante a aprovação do projeto do marco temporal de terras indígenas. Sâmia enfatizou a lentidão no processo relacionado a Chiquinho Brazão, detido sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
Além disso, Sâmia criticou o adiamento da análise da prisão de Brazão na Comissão de Constituição e Justiça, que levou à necessidade de adiar a decisão para abril devido aos pedidos de vista dos deputados. A Constituição determina que a prisão de um deputado deve ser aprovada pela Câmara, passando pela CCJ e, posteriormente, pelo Plenário.
Por outro lado, o deputado Abilio Brunini (PL-MT) mencionou que uma representação feita por ele contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) também não foi enviada ao conselho pela Mesa Diretora, justificando o excesso de processos como motivo. O caso envolveu uma suposta agressão de Glauber a Brunini durante uma audiência na Comissão de Legislação Participativa.
Em meio a esses desdobramentos, a Câmara dos Deputados enfrenta críticas e cobranças por maior celeridade e eficiência em seus processos, especialmente os relacionados a questões éticas e disciplinares envolvendo parlamentares. O desenrolar desses casos é acompanhado com atenção pela sociedade e pela imprensa, em busca de transparência e responsabilidade no ambiente político.