Projeto de Lei Complementar 217/23: debate sobre redução artificial de preços de leite e derivados importados agita comissão na Câmara.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou em dezembro o Projeto de Lei Complementar (PLP) 217/23, que proíbe a concessão de qualquer benefício fiscal a pessoas jurídicas que usam leite e derivados importados para a fabricação de produtos.

O relator, deputado Pezenti (MDB-SC), recomendou a aprovação das mudanças, alegando que “com certa frequência, leite e derivados chegam aqui com preços artificialmente reduzidos pelas políticas adotadas nos países de origem”. O autor da proposta, deputado Heitor Schuch (PSB-RS), alertou para os impactos negativos das importações de leite e derivados na produção nacional, afirmando que “isso afeta diretamente o valor pago aos produtores no País”.

Além de atingir tributos federais, a proposta altera ainda as leis complementares 87/96, que trata do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e 116/03, que trata do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). A medida visa proteger a produção nacional e garantir um mercado mais justo para os agricultores brasileiros.

O projeto ainda passará pela análise das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para discussão e votação no Plenário. A proposta tem como objetivo fortalecer a produção nacional de leite e derivados, protegendo os produtores brasileiros de práticas predatórias de mercado que afetam negativamente seus negócios.

A aprovação do PLP 217/23 representa um avanço na proteção dos produtores nacionais e no fortalecimento da indústria de laticínios do Brasil. A medida tem sido elogiada por representantes do setor agropecuário e é vista como uma forma de garantir um mercado mais justo e equilibrado para os agricultores do país.

A medida é parte de um esforço mais amplo do governo e do legislativo para garantir a competitividade e sustentabilidade do setor agrícola brasileiro. A expectativa é de que a proposta receba o apoio necessário para avançar e se tornar lei, beneficiando os produtores de leite e derivados do Brasil.

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