Comissão da Câmara dos Deputados aprova projeto de lei para facilitar voto de idosos e comunidades tradicionais.

A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa facilitar o acesso ao voto de grupos específicos da população, como idosos, pessoas hospitalizadas e pertencentes a comunidades indígenas ou tradicionais. Conhecido como Programa Cidadania Plena, o objetivo é garantir que todos tenham acesso aos serviços eleitorais essenciais.

A relatora do projeto, deputada Juliana Cardoso do PT-SP, ressaltou a importância de ampliar a participação política e o acesso à Justiça Eleitoral para grupos que enfrentam maiores dificuldades, seja por questões de mobilidade ou distanciamento físico. A proposta prevê a instalação de seções de votação em locais como hospitais, instituições de longa permanência de idosos, comunidades indígenas e quilombolas.

Além disso, a Justiça Eleitoral realizará mutirões para oferecer diversos serviços aos eleitores, como qualificação e inscrição, emissão de segunda via do título e transferência de domicílio. A proposta também ressalta a importância de levar em consideração as particularidades e tradições das populações indígenas na prestação desses serviços.

O substitutivo apresentado pela relatora combina os projetos de lei dos deputados Aliel Machado e Mauricio Marcon e deixa a regulamentação do Programa Cidadania Plena a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Juliana Cardoso destacou a importância do Parlamento em nortear a concretização e o respeito aos direitos fundamentais, mas ressaltou a necessidade de cautela para não promover mudanças estruturais nos órgãos envolvidos.

O projeto agora seguirá para análise nas comissões de Finanças e Tributação, bem como de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o Programa Cidadania Plena precisará ser aprovado tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. A implementação e gestão do programa ficarão a cargo dos órgãos da Justiça Eleitoral, seguindo as regulamentações estabelecidas pelo TSE.

Com a aprovação dessa iniciativa, espera-se garantir um acesso mais amplo e inclusivo aos serviços eleitorais fundamentais, contribuindo para uma maior participação democrática desses grupos sociais vulneráveis.

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