De acordo com Tavares, o laboratório realiza um mapeamento da experiência do usuário na página do Governo Federal, por meio de pesquisas, entrevistas e acompanhamento do cidadão enquanto busca algum serviço. Posteriormente, os técnicos apresentam ao órgão responsável um relatório com melhorias sugeridas, incluindo a adequação à linguagem simples.
Além disso, a representante do Governo Federal mencionou que está sendo estudada a utilização da inteligência artificial para aprimorar a linguagem utilizada, visando tornar a comunicação com o público o mais simples e compreensível possível. A proposta é que a IA sugira substituições por palavras mais acessíveis, caso termos técnicos ou menos conhecidos sejam utilizados.
Outra iniciativa apresentada no seminário foi a implementação da inteligência artificial pelos auditores do Tribunal de Contas da União, com o objetivo de tornar os relatórios de auditoria mais acessíveis ao público do tribunal. Carolina Pfeilsticker, auditora do TCU, detalhou que o ChatGPT foi treinado para traduzir esses relatórios, seguindo critérios de linguagem simples.
Os participantes do evento destacaram a importância de testar e experimentar essas abordagens, estabelecendo métricas claras para avaliação dos resultados. Para eles, é fundamental que a linguagem simples seja validada por especialistas e pelo público-alvo, visando garantir a clareza e compreensão das informações transmitidas.
Além disso, foi ressaltado o compromisso do Judiciário com a adoção da linguagem simples, por meio do Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples. Diversas ações nesse sentido já foram adotadas pelos tribunais, como a criação de páginas que traduzem as decisões judiciais para linguagem de fácil compreensão. Cartilhas e publicações também foram desenvolvidas, visando esclarecer direitos e acessos a serviços para diferentes públicos.