Presidente sanciona lei do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono com concessão de R$ 18,3 bilhões em créditos fiscais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta segunda-feira (30), a lei que institui o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e Investimentos (PHBC). A medida prevê a concessão de créditos fiscais no valor de R$ 18,3 bilhões para os produtores e compradores de hidrogênio de baixa emissão de carbono, no período entre os anos de 2028 e 2032.

O objetivo principal do programa é incentivar a produção nacional de hidrogênio, considerado um combustível essencial em um futuro com baixa emissão de carbono. Os beneficiados terão a possibilidade de utilizar o incentivo fiscal para quitar tributos federais. Caso não haja tributos a compensar, as empresas poderão solicitar o pagamento em dinheiro, que será efetuado em até 12 meses após o pedido.

Os setores industriais de difícil descarbonização, como o siderúrgico e petroquímico, terão prioridade na obtenção dos incentivos. Além disso, pretende-se promover o uso do hidrogênio no transporte pesado, especialmente no setor marítimo.

A Lei 14.990/24 foi aprovada sem vetos presidenciais após tramitar na Câmara dos Deputados e no Senado. O relator responsável pelo texto na Câmara foi o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

Inicialmente previsto no projeto que originou a Lei 14.948/24, que estabeleceu o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, o PHBC foi vetado pelo presidente Lula devido a questões orçamentárias. Após negociações com o Congresso, um novo texto, apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, foi aprovado e sancionado.

Os limites anuais de incentivo fiscal serão progressivos, começando em R$ 1,7 bilhão em 2028 e chegando a R$ 5 bilhões em 2032. Para serem elegíveis ao benefício, os projetos deverão atender a pelo menos um dos requisitos estabelecidos, como contribuição ao desenvolvimento regional e estímulo à diversificação do parque industrial brasileiro.

O processo de concessão do incentivo será conduzido por meio de um processo concorrencial a ser regulado pelo governo. Com a implantação do PHBC, espera-se impulsionar a produção e o uso do hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil, contribuindo para um futuro mais sustentável e com menor impacto ambiental.

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