Nesta terça-feira, dois votos em separado foram protocolados pelos deputados Alfredinho (PT-SP) e Tarcísio Motta (Psol-RJ) em conjunto com a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). Ambos discordam da posição do relator em não incriminar os responsáveis pelas fraudes.
Motta e Melchionna responsabilizam os três acionistas de referência do grupo Americanas S/A – Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles. Além disso, eles também incluem os administradores das empresas de auditoria externa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes LTDA e KPMG do Brasil, além de instituições bancárias como Banco Santander S/A, Banco Itaú Unibanco S/A e Banco ABC Brasil.
Por outro lado, Alfredinho critica a “neutralidade excessiva” do relatório oficial e se opõe à ideia de que os acionistas são vítimas e não responsáveis pela saúde e condução da empresa. Vale ressaltar que os votos em separado só serão colocados em votação se o relatório oficial for rejeitado.
O deputado Chiodini apresentou seu parecer no dia 5 deste mês, sugerindo quatro projetos de lei com o objetivo de melhorar a governança corporativa e combater a corrupção em empresas privadas, visando evitar fraudes. Na ocasião, o relator afirmou que seria imprudente incriminar os responsáveis sem provas conclusivas e enquanto os inquéritos policiais ainda estivessem em andamento.
A expectativa agora é para a votação do relatório final do deputado Carlos Chiodini na próxima terça-feira (26), quando será conhecido o desfecho dessa investigação da CPI das Americanas sobre a fraude contábil na empresa varejista.