O encontro, convocado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também contou com a presença dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. A discussão girou em torno do combate mais ostensivo aos incêndios criminosos e das mudanças climáticas, com ênfase na recente aprovação de normas para combustíveis limpos.
Arthur Lira ressaltou a importância de rever gastos efetivos direcionados para o enfraquecimento e monitoramento de organizações que praticam esse crime de maneira organizada. Além disso, ele e Rodrigo Pacheco demonstraram preocupação com a possibilidade de as queimadas no Brasil serem utilizadas como pretexto por outros países para adotar medidas protecionistas contra produtos nacionais.
Por sua vez, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, defendeu o endurecimento das penas para crimes ambientais, apontando a necessidade de garantir que áreas objeto de queimadas não sejam regularizadas posteriormente. Já o ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, agradeceu o aumento do orçamento de sua pasta para combater os incêndios, mas alertou que ainda há 106 incêndios ativos sem combate devido à falta de recursos.
Até o dia 9 de setembro, as queimadas no Brasil já haviam devastado uma área de quase 188 mil quilômetros quadrados, equivalente ao território do estado do Paraná. A reunião foi marcada por debates intensos e propostas de ações para lidar com a situação emergente, destacando a importância do trabalho conjunto entre os Poderes para enfrentar desafios tão importantes para o país.