Após ouvir as reivindicações dos servidores, o presidente da comissão, deputado Glauber Braga (Psol-RJ), propôs que em conjunto com a federação, fosse formalizado um documento a ser enviado à ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, solicitando a abertura de um canal de negociação. Durante a reunião, foi destacada a insatisfação dos servidores com a terceirização de serviços prestados pelo INSS, bem como as precárias condições de trabalho nas agências do órgão, incluindo falhas nos processos de digitalização e informatização.
Thaize Antunes, representante de São Paulo na Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), ressaltou a necessidade urgente de melhorias nas condições de trabalho, mencionando a falta de equipamentos adequados, lentidão na conexão de internet e sistemas obsoletos nas agências do INSS. Além disso, outra questão levantada foi o modelo remuneratório que, segundo Cristiano Machado da Fenasps de São Paulo, coloca o servidor em uma situação precária, com um vencimento básico abaixo do salário mínimo e gratificações que representam a maior parte da remuneração.
Diante do impasse, o Ministério de Gestão e Inovação propôs um ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores e inativos. No entanto, os sindicatos reivindicam um reajuste de 33% e mantêm a greve em vigor. A situação é delicada, com relatos de adoecimento de servidores devido ao excesso de trabalho e a necessidade urgente de novas contratações para dar conta do volume de processos acumulados no órgão. A tensão continua, mas a expectativa é de que um acordo possa ser firmado em breve para resolver essa questão que afeta não apenas os servidores, mas também a população que depende dos serviços prestados pelo INSS.