Segundo o acordo firmado entre o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e as empresas responsáveis – Vale, BHP e Samarco -, as mineradoras se comprometeram a pagar R$ 132 bilhões para reparação dos danos causados pela tragédia. Deste montante, R$ 32 bilhões já estão disponíveis, destinados principalmente para o pagamento de indenizações à população afetada, incluindo agricultores e pescadores artesanais.
No entanto, algumas vozes críticas se levantaram em relação ao valor das indenizações, consideradas insuficientes por alguns prejudicados. O pescador artesanal Manuel Bueno expressou insatisfação, indicando que R$ 95 mil não são capazes de reparar todos os danos sofridos pelos atingidos, como a saúde precária e as condições das embarcações.
O acompanhamento e fiscalização do cumprimento do acordo serão fundamentais para garantir que as demandas da população afetada sejam atendidas. O deputado Rogério Correia (PT-MG) destacou a importância da atuação da Câmara nesse sentido, assegurando que cada ponto do acordo será monitorado de perto, incluindo questões como saneamento básico, saúde e indenizações individuais.
Além disso, o acordo prevê medidas de recuperação ambiental, como a retirada de rejeitos dos rios afetados, a recuperação de florestas nativas e nascentes na bacia do Rio Doce. A gestão dos recursos será realizada pelo BNDES por meio de um fundo específico, visando não somente reparar danos, mas também promover ações de melhorias nas comunidades locais.
Dessa forma, o acordo de repactuação da reparação dos danos da tragédia de Mariana representa um marco na história da região, com desafios e expectativas em relação à efetiva reparação dos prejuízos causados pela tragédia.