No total, das 58,3 mil vagas em disputa, 10,6 mil (18,24%) foram ocupadas por mulheres. Além disso, 724 prefeitas foram eleitas no primeiro turno, representando 13% do total de prefeitos do país. Esses dados revelam uma evolução gradual na representatividade feminina nos cargos políticos.
No entanto, os resultados do segundo turno ainda podem alterar esses números. Das 15 candidatas a prefeita nessa etapa da eleição, quatro são deputadas federais. Em 2020, havia 20 candidatas no segundo turno, sendo apenas cinco em capitais. A presença de mulheres em cargos políticos de destaque, como prefeituras de capitais, é fundamental para promover a equidade de gênero na política brasileira.
O Brasil ainda enfrenta desafios em relação às cotas de participação feminina nas eleições. Um estudo do Observatório Nacional da Mulher na Política apontou que a cota mínima de 30% de candidaturas de mulheres foi descumprida em mais de 700 municípios nas eleições de 2024. Essa realidade evidencia a necessidade de medidas efetivas para garantir a representatividade feminina nos espaços políticos.
A discussão sobre a reserva de cadeiras para mulheres no Legislativo também é relevante nesse contexto. Manuella Nonô, consultora legislativa da Câmara dos Deputados, destaca que o crescimento da participação feminina na política tem sido lento e que novas estratégias, como a reserva de assentos, podem ser necessárias para acelerar esse processo.
Diante desse cenário, é fundamental que o Brasil busque promover a igualdade de gênero na política, seguindo recomendações internacionais e adotando medidas que garantam a representatividade das mulheres em todos os níveis de poder. A participação ativa das mulheres na vida política do país é essencial para construir uma sociedade mais justa e equitativa.