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Aneel intima Enel em processo que pode resultar em caducidade de contrato após apagão que afetou milhões em São Paulo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tomou uma importante decisão nesta segunda-feira (21) no caso do apagão que afetou 3,1 milhões de clientes na Grande São Paulo, causado por um temporal no dia 11 de outubro. A distribuidora de energia Enel foi intimada pela agência devido ao descumprimento do plano de contingência ajustado com a Aneel e a ARSESP, além do atendimento insatisfatório aos consumidores em situações de emergência.

Segundo a Aneel, a intimação faz parte de um relatório de falhas e transgressões que pode resultar na caducidade do contrato de concessão da Enel na capital paulista. A distribuidora terá 15 dias para se manifestar após receber a intimação, que será avaliada pela diretoria da Aneel e encaminhada ao Ministério de Minas e Energia.

Essa decisão da Aneel vem após a aplicação da maior multa administrativa da Agência à Enel, no valor de R$ 165 milhões, devido a um evento climático extremo ocorrido em novembro de 2023. A penalidade está suspensa por decisão judicial, mas a distribuidora não apresentou os resultados esperados pela Aneel em situações desse tipo.

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez declarações culpando a Aneel por suposta omissão em relação ao caso do apagão. Ele afirmou que solicitou à agência a abertura do processo administrativo em abril, que poderia resultar na caducidade do contrato, e criticou a suposta omissão da Aneel no assunto.

Essa decisão da Aneel demonstra a gravidade da situação e a importância de garantir um serviço de energia elétrica de qualidade aos consumidores. A Enel terá que se manifestar e colaborar com as investigações para evitar possíveis sanções mais severas. O Ministério de Minas e Energia também está atento ao caso e espera que a situação seja resolvida da melhor forma possível para os consumidores afetados.

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