O rompimento da barragem de Mariana em 2015 resultou em um saldo trágico de 19 vítimas fatais, além de causar impactos profundos nas esferas econômica, social e ambiental ao longo do vale do rio Doce. O acordo judicial firmado em 2016 com a mineradora Samarco previu a criação da Fundação Renova, com a finalidade de implementar medidas reparatórias e compensatórias em diversas áreas.
Entretanto, diante da lentidão na execução dessas medidas, da insatisfação da sociedade e dos desdobramentos legais após o rompimento da barragem de Brumadinho, foi iniciado um intenso processo de negociação para repactuar judicialmente o acordo. Dentro desse cenário, a Comissão externa do Rompimento da Barragem do Fundão propôs 56 diretrizes e 84 recomendações para as instituições envolvidas na repactuação.
O objetivo principal é promover transparência no processo de repactuação do acordo, buscando consenso entre as partes e garantindo o reconhecimento e apoio adequado às vítimas. A prioridade é assegurar que os afetados sejam assistidos de maneira justa e abrangente, considerando a complexidade e a urgência das questões envolvidas.
A expectativa é de que a discussão em torno do acordo judicial referente ao rompimento da barragem em Mariana resulte em avanços concretos e efetivos para a comunidade afetada, assim como em medidas de prevenção e monitoramento mais rigorosas para evitar novas tragédias do mesmo porte no futuro.