Produção de combustíveis líquidos do Brasil será impulsionada em 2024, apesar de cortes da Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou um relatório que aponta cortes nas expectativas para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil nos próximos dois anos. De acordo com o documento, a Opep projeta um aumento de cerca de 60 mil barris por dia na oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2024, totalizando uma média de 4,2 milhões de barris por dia. No entanto, esse número representa um corte de 50 mil barris por dia em relação ao previsto anteriormente, devido a uma produção brasileira aquém do esperado nos últimos meses.

O relatório da Opep também destaca que a produção brasileira de petróleo bruto teve um aumento de 110 mil barris por dia em agosto, atingindo uma média de 3,3 milhões de barris por dia. Apesar desse crescimento em relação aos números de julho, a produção ainda enfrenta desafios relacionados à manutenção extensiva e problemas operacionais.

Além disso, a Opep prevê atrasos na produção devido ao aumento nos custos de produção offshore, inflação e um possível arrefecimento do crescimento econômico de curto prazo em 2025. Para o próximo ano, a projeção é de um aumento de 200 mil barris por dia, chegando a 4,4 milhões de barris por dia.

Apesar dos desafios e atrasos previstos, o Brasil é apontado pela Opep como um dos países que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global em 2024, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. A Opep destaca que a expectativa é de início da operação de novos projetos petrolíferos no Brasil, como Búzios, Tupi e Itapu, embora problemas técnicos e operacionais possam impactar o cronograma de produção das plataformas.

Em resumo, o relatório da Opep aponta desafios e cortes nas expectativas para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil nos próximos anos, mas também indica oportunidades de crescimento e desenvolvimento na indústria petrolífera brasileira.

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