Repórter São Paulo – SP – Brasil

Restrições de celulares nas escolas: Medidas polêmicas tomadas por autoridades para conter a distração e o uso indevido dos dispositivos.

Recentemente, os celulares se tornaram um tema preocupante no ambiente escolar, causando impactos significativos no processo de aprendizagem dos alunos. Uma pesquisa realizada pelo Pew Research revelou que mais de 70% dos professores do ensino médio consideram a distração dos alunos com o telefone como um “grande problema”. Diante desse cenário, autoridades estaduais nos Estados Unidos têm promovido ações para reprimir o uso excessivo de celulares pelos estudantes.

A preocupação vai além do simples uso compulsivo de aplicativos populares, como Snapchat e TikTok, durante as aulas. Muitos alunos têm utilizado os telefones para intimidar, assediar sexualmente e até compartilhar vídeos de agressões físicas contra colegas. Diante disso, regras estão sendo estabelecidas para proibir ou limitar o uso de celulares nas escolas.

No entanto, implementar essas restrições tem sido um desafio para os professores, que muitas vezes não têm regras claras em toda a escola que exijam que os alunos guardem seus telefones em armários ou em outros locais durante o horário escolar. Com a pressão de legisladores estaduais, em conjunto com alguns governadores, novas medidas para restringir o uso de celulares nas escolas públicas estão sendo adotadas.

Estudos mostram que o uso de celulares, mensagens de texto e até o medo de ficar sem o telefone (nomofobia) podem prejudicar a concentração dos alunos e interferir no processo de aprendizagem. Por isso, proibir o uso de telefones na sala de aula é uma tentativa de reduzir as distrações e promover um ambiente mais propício ao ensino.

Além disso, algumas escolas particulares também estão adotando medidas para banir os celulares. No entanto, é importante ressaltar que as proibições podem ter um impacto limitado, uma vez que os alunos podem adotar outras tecnologias, como laptops e tablets, para se distrair durante as aulas. Também é importante considerar o uso desses dispositivos para intimidar colegas, o que exige uma abordagem mais ampla e eficaz para lidar com o problema.

Diante desse cenário, estados como Flórida, Indiana, Louisiana, e Carolina do Sul têm aprovado leis ou adotado novas regras para restringir o uso de celulares pelos alunos. Medidas como bloquear o acesso a redes sociais na escola e proibir especificamente aplicativos como TikTok estão sendo implementadas. Outros estados estão destinando recursos para que as escolas controlem o uso de celulares pelos alunos, como a compra de bolsas com cadeados para armazenar os dispositivos.

No entanto, as proibições geram debates entre pais e alunos, com alguns argumentando que os celulares são úteis para atividades como tirar fotos de trabalhos, fazer anotações e manter contato com familiares. Portanto, encontrar um equilíbrio entre restringir o uso de celulares e garantir a eficácia do ensino é um desafio que as escolas e autoridades precisam enfrentar.

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