Projeto de Lei propõe uso do FGTS por motoristas de aplicativo para compra de veículos, aguarda análise na Câmara dos Deputados

Na última quinta-feira, dia 12 de setembro de 2024, foi apresentado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2552/24, de autoria do deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), que visa autorizar motoristas de aplicativo a utilizarem até 60% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a aquisição de veículos novos ou usados. Essa proposta tem como objetivo principal facilitar a vida dos trabalhadores que atuam nesse setor, fornecendo-lhes uma opção adicional para adquirir os veículos necessários para a realização de suas atividades.

Segundo o texto do projeto, os motoristas de aplicativo terão direito a utilizar o FGTS para a compra de veículos desde que cumpram algumas condições. Entre elas, é necessário que o trabalhador esteja cadastrado na plataforma de transporte por aplicativo há pelo menos seis meses, não tenha nenhum veículo registrado em seu nome no momento do pedido e comprove uma renda compatível com a manutenção do veículo destinado exclusivamente à atividade de transporte de passageiros.

Além disso, o projeto prevê que o conselho curador do FGTS estabelecerá os critérios adicionais necessários e os procedimentos para a fiscalização do uso adequado dos veículos adquiridos por meio do fundo. O deputado Marcos Tavares ressaltou que essa possibilidade de utilizar o FGTS para a compra de veículos oferece aos trabalhadores uma nova oportunidade de empreender e gerar renda, especialmente no contexto do transporte por aplicativo, que tem se mostrado uma alternativa viável e lucrativa de emprego em grandes centros urbanos.

A proposta seguirá os trâmites regimentais da Câmara dos Deputados, sendo analisada pelas comissões de Trabalho, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para que o projeto se torne lei, é necessário que seja aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado. A expectativa é de que a proposta seja debatida e votada nas próximas semanas, seguindo o rito estabelecido para a tramitação de projetos de lei no Legislativo.

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