Repórter São Paulo – SP – Brasil

Uber é condenada a indenizar passageira trans em R$ 20 mil por discriminação durante corrida em São Paulo.

A empresa Uber foi condenada a pagar uma indenização de R$ 20 mil a uma passageira trans por danos morais. O caso ocorreu durante uma corrida em São Paulo, onde a atriz Marina Mathey e seu companheiro, também transexual, foram vítimas de insultos por parte do motorista. O condutor interrompeu a viagem e exigiu que o casal deixasse o veículo, e posteriormente, Mathey teve seu perfil bloqueado no aplicativo da Uber.

A decisão foi proferida pelo juiz Fernando Antonio de Lima, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de São Paulo, e foi divulgada na semana passada. Além de conceder a indenização solicitada pela atriz, o magistrado também determinou que a Polícia Civil investigue se houve crime de transfobia contra Mathey e seu companheiro. Além disso, o juiz enviou ofícios ao Ministério Público e à Defensoria Pública de São Paulo para apurar relatos de discriminação contra passageiros trans em corridas da Uber.

A empresa Uber foi procurada para comentar sobre o caso, mas se recusou a fazê-lo, alegando que o processo ainda está em andamento. Em um vídeo publicado em uma rede social, Marina Mathey comemorou a decisão judicial, expressando sua esperança de que o caso sirva como precedente para que a luta pelos direitos e respeito à dignidade das pessoas trans continue.

Este incidente levanta questões importantes sobre a segurança e respeito aos passageiros trans que utilizam os serviços de aplicativos de transporte. A discriminação e a transfobia não podem ser toleradas em nenhum ambiente, e é fundamental que as empresas estejam atentas e ajam de forma eficaz para coibir tais práticas em seu meio. Espera-se que este caso traga reflexões e medidas concretas para garantir a igualdade e o respeito a todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero.

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