Segundo Tubino, os números refletem uma redução significativa na abertura de garimpos novos na região, com uma diminuição de quase 92% desde 2022. Além disso, houve uma redução de 66% na atividade de garimpo neste ano, com uma queda expressiva na área ativa de mineração. O território Yanomami, que abrange mais de 9 milhões de hectares, é lar de mais de 27 mil indígenas, de acordo com o Censo de 2022.
Durante o debate, diversos representantes foram ouvidos pela subcomissão especial que acompanha a crise humanitária dos Yanomami e Ye’Kwana na região Norte. Nilton Tubino detalhou as ações do governo para enfrentar a crise, destacando a instituição da Casa de Governo em Roraima e a aprovação da Medida Provisória 1209/24, que destinou recursos para combater a situação.
Outro ponto abordado no debate foi a destruição da infraestrutura utilizada pelos garimpeiros na região, com destaque para as ações do Ibama no bloqueio de suprimentos e na apreensão de equipamentos dos invasores. Além disso, foi ressaltado o aumento no número de profissionais de saúde na região, visando melhorar o atendimento aos indígenas Yanomami.
A deputada Célia Xakriabá também teve a oportunidade de expor suas preocupações em relação à violência sexual contra meninas e adolescentes Yanomami, pedindo um maior combate a essa questão. Ela defendeu a aprovação de projetos que beneficiem os povos indígenas, como o PL 4347/21, que visa garantir maior segurança jurídica para a política ambiental em terras indígenas.
Em resumo, o debate na Câmara dos Deputados evidenciou a importância de medidas efetivas para proteger a Terra Indígena Yanomami e promover o bem-estar da população local. A atuação conjunta dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, juntamente com a sociedade civil, é fundamental para combater a crise humanitária e garantir a preservação desse território tão importante para a cultura indígena.