Além disso, Campos Neto discutiu sobre a política fiscal americana, que poderia incluir a deportação de imigrantes irregulares e um aumento nas despesas, gerando preocupações nos mercados financeiros. Ele acredita em uma desaceleração lenta e controlada da economia americana, sem risco de recessão iminente.
Outro ponto levantado foi o aumento da dívida pública de países como Estados Unidos, Japão e Europa pós-pandemia, o que multiplicou o custo de manutenção dessa dívida e reduziu o espaço de captação de recursos para outras economias. Os deputados do governo presentes criticaram a atuação do BC diante da alta do dólar nos últimos meses, e Campos Neto ressaltou que intervenções devem ocorrer apenas em situações de disfunção no mercado.
A respeito da taxa de juros, atualmente em 10,5% ao ano, Campos Neto defendeu sua relevância, citando a baixa taxa de recuperação de créditos, a alta dívida pública e a poupança interna como justificativas para sua manutenção. Por outro lado, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) considerou a taxa de juros elevada, especialmente quando em torno de 7% acima da inflação.
Por fim, Campos Neto defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65/23) que prevê a autonomia financeira do Banco Central, que está em votação no Senado Federal. A audiência foi conduzida de forma tranquila e esclarecedora, demonstrando as preocupações e desafios enfrentados pela economia brasileira diante do cenário internacional.