Durante o evento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou a importância da ciência e da participação social no programa, destacando a necessidade de pensar em soluções baseadas na natureza para transformar as práticas urbanas e criar novos paradigmas. Marina também alertou para a vulnerabilidade de 1.942 municípios brasileiros a eventos climáticos extremos, citando as tragédias de inundações no Rio Grande do Sul e a seca severa no Pantanal e na Amazônia.
O secretário de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério de Ciência e Tecnologia, Osvaldo Moraes, apontou as enchentes como as principais causas de desastres naturais no Brasil, mas ressaltou que o desafio das cidades está no enfrentamento das ondas de calor. Já o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Helder Merillo, destacou a presença da estratégia de cidades resilientes nas obras do Novo PAC.
O Programa Cidades Verdes Resilientes, apoiado por órgãos das Nações Unidas, tem como foco a construção participativa e áreas mais pobres. Com seis temáticas principais, como uso e ocupação sustentável do solo e tecnologias de baixo carbono, o programa visa explorar interações entre os diferentes setores para lidar com as mudanças climáticas.
Desde junho, está em vigor a lei que estabelece diretrizes para a elaboração dos planos nacional, estaduais e municipais de adaptação às mudanças climáticas. A iniciativa da realização da oficina na Câmara em torno do Programa Cidades Verdes Resilientes partiu da deputada Erika Kokay, coordenadora da Frente Parlamentar de Apoio aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.