Diante desse cenário preocupante, iniciativas como o projeto Raízes da Cooperação buscam proteger e recuperar essa vegetação. Além de plantar mudas, o projeto desenvolve pesquisas científicas, realiza ações de educação ambiental em Florianópolis e Palhoça (SC), mobilizando biólogos, educadores, estudantes e comunidades locais.
Dilton de Castro, ecólogo e coordenador do projeto, destaca a importância dos manguezais como áreas de preservação permanente. Ele ressalta que a supressão e poluição desses locais impactam diretamente na proteção costeira contra a erosão e no habitat de diversas espécies marinhas.
A Unesco instituiu o Dia Internacional para a Conservação de Manguezais, celebrado em 26 de julho, para destacar a importância desses ecossistemas, que também possuem alta capacidade de estoque de carbono. No entanto, mesmo com a conscientização, os manguezais continuam sofrendo pressões, como incêndios provocados para especulação imobiliária.
Outro desafio enfrentado é a presença de árvores exóticas, como os pinheiros, que ameaçam a vegetação nativa da região. O projeto Raízes da Cooperação atua no desmate dessas árvores prejudiciais e no plantio de espécies nativas, visando a recuperação e preservação dos manguezais.
Diante da urgência das ações de preservação em meio à crise climática, a análise do estoque de carbono nos novos manguezais criados em Santa Catarina é fundamental para compreender a capacidade dessas áreas em mitigar os impactos ambientais. A conscientização e o engajamento da sociedade são essenciais para garantir a proteção e recuperação dos manguezais e, consequentemente, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.