Segundo o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, há um policial federal e dois ex-policiais civis envolvidos, que teriam recebido vantagens para incriminá-los a mando de um ex-vereador. Os irmãos Brazão estão sob custódia desde março, sendo acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em 2018.
Durante o depoimento, Chiquinho Brazão negou qualquer envolvimento no crime e garantiu que tinha uma relação amigável com Marielle Franco quando ambos atuavam juntos na Câmara de Vereadores do Rio. Ele também se colocou como vítima no processo de investigação da morte da vereadora, afirmando que estão sendo acusados sem motivo aparente, possivelmente por alguém que deseja se beneficiar.
As testemunhas de defesa e o advogado do deputado tentaram desfazer a possível ligação de Chiquinho Brazão com grupos milicianos fluminenses. Ao questionar o ex-vereador Carlos Alberto Lavrado Cupello, conhecido como Tio Carlos, o advogado afirmou que a acusação de ligação com milícias é infundada, citando outros políticos de esquerda que também possuem votos na mesma região.
Os depoimentos das testemunhas e dos acusados negam qualquer relação com o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Domingos Brazão, inclusive, afirmou categoricamente que nunca conheceu a vereadora. A investigação segue em andamento no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, com os depoimentos dando novos rumos ao caso.