Beto Goés, representante da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes, cobrou resultados dos governos federal, estaduais e municipais, enfatizando a ineficiência do Estado em cuidar do povo Yanomami nos estados do Amazonas e Roraima. Ele questionou a falta de resultados visíveis das verbas federais destinadas à saúde indígena, especialmente em Roraima.
Além das questões de saúde, os Yanomami enfrentam invasões de garimpeiros ilegais em seu território, resultando em conflitos, destruição do meio ambiente e disseminação de doenças. A presença de facções criminosas também preocupa as lideranças indígenas, que pedem mais segurança e presença policial nas terras indígenas.
A deputada Célia Xakriabá ressaltou a importância da educação escolar indígena e defendeu que a alimentação seja adaptada aos costumes dos povos. Ela também pediu mais emendas orçamentárias para os indígenas da região, devido à crise humanitária enfrentada.
Outro aspecto discutido foi o isolamento dos indígenas, que dificulta o acesso à educação, ciência e tecnologia, como mencionado pela deputada Silvia Waiãpi, ex-secretária de saúde indígena do governo Bolsonaro.
Para lidar com a crise dos Yanomami, o deputado Dorinaldo Malafaia sugeriu o diálogo entre a comissão externa e a subcomissão especial da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, visando uma visita aos territórios Yanomami após o período eleitoral.
É evidente a urgência de ações concretas e eficazes para atender às demandas dos Yanomami e garantir sua proteção e bem-estar. A visita da comissão aos territórios Yanomami em novembro será uma oportunidade importante para avaliar de perto a situação e buscar soluções efetivas.