Sebastião Pena Marcião adotou o sobrenome artístico de Tapajós em homenagem ao rio que banha a cidade de Santarém, no Pará. Sua trajetória musical começou nas águas do Rio Amazonas, onde nasceu em 1942, em um barco no Surubiú. Foi somente em 1967, no Rio de Janeiro, que ele conheceu o produtor alemão Claus Schreiner, que já havia trabalhado com outro grande violonista brasileiro, Baden Powell.
Ao longo de sua carreira, Tapajós acumulou diversos prêmios e reconhecimentos. Um dos destaques foi o título de “melhor disco estrangeiro de 1978” com o álbum “Guitarra Latina” e o de “melhor álbum do ano de 1981” na categoria “folclore” com o álbum “Guitarra Criolla”. Sua genialidade musical encantou e emocionou muitos, até o seu falecimento em 2021, aos 79 anos, vítima de um infarto em Santarém.
O relator do projeto na CCJ, deputado Luiz Couto (PT-PB), ressaltou que a proposição está alinhada com os princípios e normas do direito brasileiro, especialmente no que diz respeito à preservação da cultura popular e de seus conhecimentos especiais. Agora, o texto segue para análise do Senado, a menos que seja objeto de recurso para ser avaliado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.
A aprovação deste projeto representa não apenas o reconhecimento da contribuição de Sebastião Tapajós para a cultura nacional, mas também um passo importante para garantir que sua obra seja preservada e divulgada para as futuras gerações. Este é um justo tributo a um artista que deixou uma marca indelével na música brasileira.
