Ao justificar sua decisão, Fernandes destacou a importância e o caráter essencial das atividades desempenhadas pelos servidores da área ambiental. Ele ressaltou que a carreira de Especialista em Meio Ambiente desempenha um papel fundamental na promoção de políticas públicas de proteção e defesa do meio ambiente, incluindo regulação, gestão e ordenamento do uso e acesso aos recursos naturais.
A suspensão da greve também estabeleceu uma multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento, demonstrando a seriedade da decisão do ministro em garantir a continuidade das atividades dos órgãos ambientais. A AGU argumentou que a paralisação dos servidores prejudicava a gestão das unidades de conservação e comprometia a proteção ao meio ambiente, o que não poderia ser tolerado dada a importância dessas funções.
A greve dos servidores ambientais foi aprovada em assembleia no final de junho e desde então gerou impactos em unidades de conservação de 25 estados e no Distrito Federal. As negociações entre o governo federal e os servidores se arrastam desde outubro do ano passado, com a proposta de reajuste real nos salários dos servidores sendo um dos pontos de conflito.
As entidades sindicais envolvidas na paralisação estão se manifestando em defesa do movimento paredista e dos servidores ambientais, alegando que o governo adotou uma postura inflexível e injustificada nas negociações. A expectativa é que haja um diálogo para solucionar o impasse e garantir condições de trabalho adequadas para os servidores desses órgãos ambientais tão importantes para a proteção do meio ambiente no Brasil.