Comissão da Câmara dos Deputados recomenda aprovação de projeto que agrava penalidades em infrações contra árbitras esportivas, alterando a Lei Pelé.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados deu um importante passo na proteção das árbitras esportivas ao aprovar o Projeto de Lei 578/24, que propõe o agravamento das penalidades desportivas nos casos de infrações cometidas contra essas profissionais. A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação da proposta, ressaltando a importância de proteger a integridade física e emocional das mulheres atuantes no meio esportivo e fortalecer a igualdade de gênero.

A legislação atual, regida pela Lei Pelé, prevê uma série de penalidades para transgressões disciplinares e desportivas, tais como advertência, eliminação, exclusão de campeonato, indenização, entre outras. No entanto, a nova proposta acrescenta a possibilidade de aplicar as penas em dobro nos casos de violência contra árbitras em competições profissionais e amadoras.

O autor do projeto, deputado Bebeto (PP-RJ), destacou a necessidade de criar instrumentos mais eficazes para combater o preconceito e a cultura machista que ainda permeiam o ambiente esportivo, desrespeitando o espaço das mulheres em campo. Segundo ele, é fundamental adotar medidas mais rigorosas para garantir a segurança e o respeito às profissionais envolvidas no universo esportivo.

O próximo passo para a concretização da proposta é a análise nas comissões de Esporte e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o projeto também precisará passar pelo crivo do Senado. A tramitação em caráter conclusivo significa que a votação ocorrerá apenas nas comissões designadas, podendo ser levada ao Plenário somente em caso de decisão divergente ou mediante recurso assinado por 52 deputados.

A iniciativa representa um avanço significativo na promoção da igualdade de gênero no meio esportivo, demonstrando o compromisso do Legislativo em garantir um ambiente mais seguro e igualitário para as mulheres que atuam como árbitras. A aprovação do projeto reflete a preocupação com a proteção e a valorização das profissionais, estimulando sua participação e contribuição no mundo esportivo.

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