Presidente da Câmara dos Deputados retira PEC polêmica de pauta por discordância entre partidos, voltando a discutir em agosto.

No último dia 03 de julho de 2024, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tomou uma decisão importante em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 9/23. A proposta, que concederia anistia aos partidos políticos que não cumpriram o mínimo de recursos em campanhas femininas ou de pessoas negras nas eleições anteriores, foi retirada de pauta devido a discordâncias entre os partidos.

Segundo Lira, a PEC será debatida e votada em agosto, quando os partidos políticos interessados no texto chegarem a um consenso. O líder do PT, deputado Odair Cunha, solicitou a retirada de pauta, alegando diferenças entre o texto apresentado anteriormente e o texto debatido pelo relator, deputado Antonio Carlos Rodrigues.

O deputado Chico Alencar, do Psol, destacou que a Constituição não pode ser modificada de forma apressada e considerou a proposta de anistia como um grande atropelo na política do país. A PEC nem chegou a ser votada na comissão especial, mas devido ao término do prazo de 40 sessões, o presidente da Câmara avocou a matéria para o Plenário.

Segundo o relator da proposta, Antonio Carlos Rodrigues, o texto da PEC prevê que não haverá sanções para os partidos que não destinaram recursos mínimos para candidaturas femininas ou de pessoas negras nas eleições. Além disso, a proposta estabelece novas regras para o uso de recursos dos fundos partidário e de financiamento de campanha, garantindo a reserva de recursos para candidaturas de pessoas pretas e pardas.

A discussão sobre a PEC 9/23 continua e será retomada no próximo mês, quando os partidos políticos envolvidos chegarem a um acordo sobre o texto. A questão da representatividade e da destinação de recursos para campanhas inclusivas continua em pauta, gerando debates e reflexões sobre a democracia e a igualdade no cenário político brasileiro.

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