De acordo com Marcelo Pinto, a obra total terá 305 km de extensão e um custo estimado em cerca de R$ 3,5 bilhões. A primeira etapa, que consiste na construção de um túnel com 2,5 km de comprimento saindo de Paulo Afonso, na Bahia, terá um custo aproximado entre R$ 150 a R$ 200 milhões. O deputado João Daniel (PT-SE), autor do pedido para a realização do debate, sugeriu que a bancada sergipana se organize para destinar emendas à construção do canal, visando iniciar a primeira etapa. No entanto, ressaltou que a destinação desses recursos depende de uma decisão política do governo federal em relação à execução da obra.
Os planos para a construção do Canal Xingó tiveram início em 1998 e, desde então, o governo federal já investiu R$ 36 milhões no projeto. Com licença ambiental concedida em 2009 e a outorga preventiva de água concedida pela Agência Nacional de Águas, o Canal Xingó promete ser a solução para os problemas de abastecimento de água em Sergipe pelos próximos 50 anos.
O presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe, Luciano Goes, destacou que o Canal Xingó trará segurança hídrica ao estado, resolvendo os problemas de abastecimento não só na região metropolitana, mas também nos sistemas isolados do estado. Já o superintendente do Instituto Nacional de Reforma Agrária de Sergipe, André Milanez, ressaltou o impacto social do Canal Xingó, principalmente na agricultura familiar presente no sertão sergipano.
Complementando as informações, o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Roberto Araújo Silva, destacou a importância do canal para os 39 assentamentos que serão beneficiados com sua passagem. Diante desses aspectos, a construção do Canal Xingó surge como uma medida essencial para garantir o abastecimento de água e fortalecer a agricultura familiar na região.
