Câmara dos Deputados debate críticas de Lula ao Banco Central e alta do dólar: “Uma temeridade”, diz deputado Luiz Lima

Na sessão da Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira, dia 02 de julho de 2024, parlamentares debateram as recentes críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,5%. Em meio a discussões sobre a relação entre as declarações do presidente e o aumento da cotação do dólar, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) se destacou ao classificar como “temeridade” a postura de Lula em criticar o BC.

De acordo com Lima, mesmo os quatro indicados pelo Executivo para compor o Comitê de Política Monetária (Copom) votaram pela manutenção da taxa de juros, o que demonstra a tecnicidade da decisão. Para o parlamentar, as críticas de Lula podem fomentar a figura da inflação e causar instabilidade no mercado cambial.

Outro ponto levantado durante as discussões foi a próxima saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em dezembro. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) alertou que a escolha do novo presidente pode gerar impactos na política econômica, colocando em xeque a continuidade das ações tomadas até então.

Por outro lado, a deputada Gleisi Hoffman (PT-PR) saiu em defesa do governo, destacando que os indicadores econômicos apresentam resultados melhores do que as previsões do mercado. Segundo Hoffman, o crescimento do PIB e a redução da inflação são reflexos das políticas implementadas durante o governo Lula.

Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) apontou a necessidade de intervenção do Banco Central na política cambial para conter a valorização do dólar. Farias criticou a postura do BC sob a gestão Bolsonaro, afirmando que a instituição vendeu reservas cambiais sem necessidade.

Diante de um cenário de incertezas e troca de farpas entre governo, mercado e Banco Central, os deputados ressaltaram a importância de promover a estabilidade econômica e evitar impactos negativos para a população. A taxa de desemprego, mesmo em queda, ainda é uma preocupação, especialmente diante da volatilidade cambial e da inflação.

Em resumo, as discussões na Câmara refletem a sensibilidade do momento econômico do país e a necessidade de ações coordenadas para garantir um ambiente propício ao desenvolvimento e ao bem-estar da população brasileira.

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