Governo planeja importação de arroz para amenizar impacto das enchentes no Rio Grande do Sul e preço do produto

Na última quarta-feira (3), a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados se reuniu para discutir a proposta do governo de importar arroz, em meio aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que é responsável por cerca de 70% da produção nacional desse cereal. O ministro Paulo Pimenta, da secretaria criada para apoiar a reconstrução do estado, foi convocado para esclarecer a decisão.

O governo federal justificou a necessidade de importação de arroz devido aos danos causados pelas chuvas e enchentes, que afetaram as lavouras, os estoques locais e a logística de distribuição. A importação anunciada pelo governo Lula chegou a ser de até 1 milhão de toneladas, mas um leilão inicial para comprar 263,3 mil toneladas foi cancelado devido à falta de comprovação de capacidade técnica das empresas vencedoras. Um novo leilão deverá ser realizado sob novas regras.

O deputado José Medeiros (PL-MT) foi um dos críticos à decisão de importar arroz, alegando que as medidas propostas pelo governo não incentivam e financiam os produtores brasileiros. Medeiros defende que é fundamental apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de arroz do país, ao invés de destruir a produção nacional.

No mês passado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, compareceu à comissão e reiterou seu apoio à importação de arroz. A decisão do governo tem gerado debates acalorados entre parlamentares e agentes do setor agrícola, com argumentos a favor e contra a medida.

Durante a reunião da comissão, foram apresentados dados sobre o preço do arroz para o produtor nos últimos dois meses, destacando a importância de se encontrar soluções que beneficiem tanto os agricultores quanto os consumidores. A discussão sobre a importação de arroz continuará sendo um tema central entre os agentes envolvidos na cadeia produtiva desse cereal tão relevante para a economia brasileira.

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