Larissa explicou que muitas mães evitam levar seus filhos autistas para fazer compras devido ao risco de fuga rápida, comportamento conhecido como eloping. Com os carrinhos adaptados, as famílias poderão realizar suas compras de forma tranquila e segura, além de incentivar a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência.
O deputado Glaustin da Fokus, autor do requerimento para a audiência, ressaltou a importância da acessibilidade como uma questão de responsabilidade social. Ele é relator do projeto de lei que obriga supermercados a disponibilizarem carrinhos adaptados para pessoas com autismo. O projeto prevê que estabelecimentos com mil metros quadrados ou mais tenham pelo menos 5% de carrinhos adaptados.
No entanto, houve divergências em relação ao percentual de carrinhos adaptados exigido. O vice-presidente Jurídico da Associação Brasileira de Supermercados, Maurício Ungari, argumentou que o número de pessoas com autismo no Brasil não justifica a demanda de 5% de carrinhos adaptados. Já a deputada Erika Kokay pontuou a importância de estabelecer sanções para os estabelecimentos que não cumpram a lei, a fim de garantir sua efetividade.
A inclusão e acessibilidade de pessoas com autismo e outras deficiências são fundamentais para promover uma sociedade mais justa e igualitária. A implementação de medidas como os carrinhos adaptados em supermercados é um passo significativo para garantir a inclusão e o bem-estar dessas pessoas em espaços públicos.
