Comissão da Câmara aprova inclusão de novos segurados especiais na Previdência Social em imóveis rurais de até quatro módulos fiscais

Na última terça-feira, dia 24 de junho de 2024, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que traz mudanças significativas para os trabalhadores rurais no Brasil. A proposta inclui como segurado especial da Previdência Social a pessoa que exerce atividade em imóvel rural com área aproveitável de até quatro módulos fiscais.

A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), foi responsável por apresentar um substitutivo ao Projeto de Lei 3833/23, do deputado Pezenti (MDB-SC). A relatora elaborou uma nova redação para o projeto, mantendo o objetivo original da proposta. Segundo a deputada, a intenção é tornar mais claro o critério para a concessão de benefícios previdenciários aos trabalhadores rurais, buscando reduzir a judicialização desses casos no país.

A Lei de Benefícios da Previdência Social já reconhece como segurados especiais da Previdência Social o produtor rural familiar em área de até quatro módulos fiscais, o pescador artesanal e o seringueiro, entre outros. A principal mudança proposta no texto aprovado pela Comissão é a inclusão do termo “aproveitável”, que exclui áreas da propriedade que não podem ser exploradas, como as de proteção ambiental, do cálculo para determinar o segurado especial.

O projeto agora segue em tramitação nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. Para ser efetivado como lei, a proposta ainda precisa passar pelo crivo do Senado. A expectativa é que a matéria seja debatida e votada nas próximas semanas, seguindo os ritos estabelecidos para o processo legislativo no país.

Com as mudanças propostas, a intenção é modernizar as regras previdenciárias para os trabalhadores rurais, garantindo maior segurança e clareza nos benefícios concedidos a esse importante segmento da sociedade brasileira. Ainda há etapas a serem superadas, mas a aprovação na Comissão é um passo significativo para a concretização dessas mudanças.

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