Repórter São Paulo – SP – Brasil

Senado aprova alterações no Ensino Médio após sete anos do Novo Ensino Médio, com foco na formação geral e nos itinerários formativos.

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (19) o Projeto de Lei 5.230/2023, que promove mudanças significativas no currículo dos três anos finais do Ensino Médio. Esta reformulação, proposta pelo governo para substituir o modelo anterior instituído durante a gestão de Michel Temer, retorna agora à Câmara dos Deputados para apreciação.

Uma das principais alterações propostas pelo PL 5.230/2023 é a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica, passando das atuais 1.800 para 2.400 horas. Além disso, o projeto explicita quais componentes curriculares pertencem a cada uma das áreas do conhecimento, fortalecendo assim a base de aprendizagem dos estudantes.

Os itinerários formativos, que são disciplinas e projetos optativos que os estudantes podem escolher ao longo dos três anos do Ensino Médio, também passarão por mudanças. A proposta busca articular esses itinerários com as quatro áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), destacando a importância de uma formação mais integrada e significativa para o desenvolvimento dos alunos.

A senadora Professora Dorinha Seabra, relatora do projeto, ressaltou a importância de ouvir diferentes setores da sociedade para construir um texto que fortalece o ensino médio e garante mais flexibilidade tanto para os estudantes quanto para as escolas. Ela enfatizou a ampliação da carga horária da formação geral básica como um dos pontos-chave do novo modelo proposto.

Por outro lado, o senador Izalci Lucas lamentou a falta de continuidade das políticas educacionais e defendeu investimentos em educação integral e no ensino técnico como caminhos para melhorar a qualidade do ensino no país. Já a senadora Teresa Leitão, do PT, considerou o texto como um avanço em relação ao modelo vigente, destacando a relevância dos itinerários formativos de educação profissional baseados no catálogo de ocupações.

É importante ressaltar que o projeto prevê uma transição para a nova configuração do Ensino Médio, garantindo que os estudantes que já estão cursando essa etapa possam se adaptar às mudanças propostas. Com isso, espera-se que o novo modelo contribua para uma formação mais completa e alinhada com as demandas da sociedade e do mercado de trabalho.

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