O governo federal anunciou a compra de mais de 100 mil toneladas de arroz importado devido ao aumento nos preços causado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, esse leilão foi cancelado na semana passada devido a indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras, sendo assim, o governo já sinalizou a intenção de realizar um novo leilão.
Os parlamentares e produtores rurais presentes na comissão alegam que a safra de arroz já foi colhida antes das enchentes no Rio Grande do Sul, portanto a importação seria uma interferência no mercado interno e desnecessária. Para Marcos Pollon, essa ação do governo é vista como uma estratégia política, utilizando a tragédia vivida pelos moradores do estado para benefício próprio.
Afonso Hamm e José Medeiros também criticaram a decisão de importar o arroz, alegando que o Rio Grande do Sul possui uma produção abundante do grão que garante o abastecimento interno por até 12 meses. Para eles, se o governo busca reduzir o preço do arroz, poderia adquirir o estoque brasileiro e subsidiar o valor, ao invés de recorrer à importação de origem duvidosa.
Em meio a essas discussões, fica evidente a preocupação dos representantes do agronegócio e da agricultura nacional com as decisões tomadas pelo governo em relação ao setor. A sociedade civil aguarda pelos desdobramentos dessas negociações e pela possível definição de novas medidas que possam beneficiar a produção local e o abastecimento interno de alimentos.
