Comissão da Câmara aprova projeto que garante prioridade na emissão de documentos para vítimas de violência doméstica.

Na tarde do dia 13 de junho de 2024, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa garantir prioridade na emissão de novos documentos pessoais para vítimas de violência doméstica que tiveram seus documentos retidos ou destruídos pelos agressores. Além disso, a prioridade também se estenderá aos documentos dos filhos dessas vítimas.

O texto aprovado também inclui a criminalização da destruição, retenção ou subtração dos documentos pessoais das vítimas ou de seus dependentes, com previsão de reclusão de 6 meses a 2 anos, além de multa. Segundo a proposta, os órgãos responsáveis pela emissão dos documentos devem garantir o atendimento prioritário, bem como a segurança e privacidade das solicitantes, protegendo informações que possam colocar em risco a integridade das vítimas. Para comprovar a situação de violência doméstica e familiar, a vítima deverá apresentar preferencialmente um boletim de ocorrência ou documento equivalente.

O projeto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Silvye Alves, ao Projeto de Lei 5880/23 do deputado Duda Ramos. Essa proposta altera tanto a Lei Maria da Penha quanto o Código Penal, buscando ampliar a proteção às vítimas de violência doméstica. Silvye Alves ressaltou a importância de criminalizar a violência patrimonial, incluindo a retenção, subtração e destruição de objetos, documentos pessoais e demais recursos econômicos das vítimas.

O próximo passo será a análise do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Essa etapa é fundamental para que a proposta possa avançar e se tornar efetivamente uma lei. Vamos aguardar os próximos desdobramentos desse importante projeto que visa garantir mais proteção e apoio às vítimas de violência doméstica.

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