Segundo Dutra da Silva, a Cobasi foi autuada por maus-tratos aos animais que estavam engaiolados no subsolo do shopping e acabaram afogados durante as inundações. O Ibama identificou que havia um mezanino não alagado onde parte dos animais poderia ter sido salvos, o que gerou a certeza da autuação. Além disso, denúncias apontam que a empresa priorizou a retirada de equipamentos eletrônicos dos locais alagados em detrimento dos animais.
A delegada de Proteção ao Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Samieh Saleh, revelou que a falta de um plano de evacuação foi comum em quatro investigações de casos semelhantes na região. Saleh destacou a importância de as empresas terem planos para salvar os animais em situações de emergência, como incêndios ou inundações.
Durante a audiência, o deputado Delegado Matheus Laiola acusou a Cobasi de “omissão criminosa” e o deputado Marcelo Queiroz criticou a ausência da empresa, que enviou apenas uma nota em resposta. Os especialistas presentes destacaram a importância de uma legislação mais rígida para punir os maus-tratos aos animais e de um plano de manejo para situações de desastres naturais, como as inundações que ocorreram no Rio Grande do Sul.
Além disso, houve uma discussão sobre a necessidade de uma campanha nacional de adoção para os animais que permanecem em abrigos gaúchos e de ajustes na legislação para garantir a proteção dos animais. Os especialistas também pediram o agravamento da pena para os casos de maus-tratos, que atualmente é de 3 meses a um ano de detenção, muitas vezes convertida em pagamento de cesta básica ou prestação de serviço. A situação da Cobasi e as discussões durante a audiência ressaltam a importância de medidas que garantam a segurança e proteção dos animais em situações de emergência e desastres naturais.