Descomissionamento de barragens de rejeitos de mineração de urânio em Caldas (MG) preocupa deputado em audiência na Câmara.

Na tarde de terça-feira, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados se reuniu para discutir a preocupante situação das barragens de rejeitos de mineração de urânio em Caldas (MG). O deputado Ulisses Guimarães (MDB-MG) chamou a atenção de diferentes órgãos do governo para a necessidade de uma força-tarefa que garanta o descomissionamento dessas barragens.

A barragem em questão pertence à empresa pública Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e está desativada desde 1995. A preocupação do parlamentar é justificada, uma vez que um possível rompimento poderia resultar em danos ambientais irreversíveis.

Durante a audiência, Guimarães sugeriu a criação de uma comissão interministerial para tratar do assunto e enfatizou a importância de um plano integrado envolvendo os agentes reguladores e fiscalizadores. O deputado ressaltou que a situação atual, que deveria ser motivo de orgulho por ser a primeira mina de urânio do país, tornou-se um grande problema.

Os custos para descomissionar as barragens em Caldas são estimados em US$ 500 milhões, conforme explicou o superintendente da INB, David Moreira. Ele ressaltou a necessidade de um suporte financeiro do governo federal para concluir o desmonte.

Em caso de rompimento, o impacto radiológico seria significativo, exigindo ações restritivas na região. No entanto, as autoridades garantem que as medidas de segurança estão sendo tomadas e que o nível de emergência do local é considerado baixo, apesar dos desafios e da complexidade da situação.

Vistorias realizadas no local recentemente apontaram um bom estado de conservação das estruturas, com medidas adicionais sendo implementadas para garantir a segurança das barragens. A Agência Nacional de Mineração (ANM) reforçou a legislação rígida existente para evitar possíveis tragédias como rompimentos de barragens.

Diante do cenário apresentado, é urgente que o governo e todos os órgãos envolvidos atuem em conjunto para evitar qualquer desastre ambiental e proteger a população local. A situação das barragens em Caldas exige uma ação imediata e coordenada para assegurar a segurança e a preservação do meio ambiente e da vida das pessoas.

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