Deputados ouvem setores econômicos para ajustes no texto da reforma tributária, mas mantêm alinhamento com emenda constitucional.

No contexto da regulamentação da reforma tributária, diversos setores econômicos participaram de duas audiências públicas visando ajustes no texto do projeto do PLP 68/24. Durante essas discussões, representantes manifestaram suas preocupações e propostas em relação às regras propostas, enfatizando a importância de alinhar as medidas com os objetivos da emenda constitucional.

Um dos pontos de maior debate envolveu o setor de medicamentos, que expressou insatisfação com a criação de listas para definir os remédios sujeitos à alíquota zero e à redução de impostos. Reginaldo Arcuri, presidente do grupo FarmaBrasil, criticou a proporção de medicamentos que teriam alíquota cheia, contrariando as expectativas do setor.

Além disso, o segmento de dispositivos médicos também se manifestou, argumentando que o texto atual exclui produtos importantes. A demanda central desse setor é pela extensão das vantagens fiscais a todos os dispositivos médicos aprovados pela ANVISA, a fim de garantir equidade e acesso a tecnologias essenciais.

Outros setores, como o audiovisual, academias, indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, e agências de comunicação, também apresentaram suas solicitações por tratamentos tributários diferenciados. Essas demandas visam garantir a manutenção e desenvolvimento desses segmentos, promovendo a equidade e a competitividade no mercado.

Diante das discussões, é possível observar a diversidade de interesses e necessidades dos diversos setores econômicos em relação à reforma tributária. As audiências públicas representaram um espaço importante para o diálogo entre os representantes dos setores e os membros do grupo de trabalho responsável pela análise do projeto.

A busca por um equilíbrio entre as demandas setoriais e as diretrizes da emenda constitucional permanece como um dos desafios desse processo de regulamentação. A revisão periódica das listas de produtos beneficiados e a ampliação dos benefícios fiscais para determinados segmentos são aspectos cruciais a serem considerados na construção de um sistema tributário mais justo e eficiente.

Portanto, as discussões em torno da reforma tributária continuam em andamento, refletindo a complexidade e a importância desse tema para a economia e a sociedade brasileira. A velocidade e a eficácia com que essas demandas serão incorporadas ao projeto final serão determinantes para o sucesso e a aceitação do novo sistema tributário.

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